AMO: UM REFÚGIO DE ESPERANÇA PARA QUEM ENFRENTA O CÂNCER LONGE DE CASA

28/05/2025

Para quem recebe o diagnóstico de câncer, o mundo parece desmoronar em segundos. A notícia abala, silencia, assusta. Mas para muitos, o desafio vai além da luta contra a doença: ele inclui também o peso de estar longe de casa, da família e do acolhimento necessário para seguir com o tratamento. É nesse momento delicado que a Associação dos Amigos da Oncologia – a AMO – entra em cena como um verdadeiro porto seguro.

Desde a sua fundação, a AMO tem como missão prestar assistência social a pessoas com câncer, sem qualquer tipo de preconceito de origem, raça, sexo, credo, idade e quaisquer outras formas de discriminação, abrangendo crianças, adolescentes, adultos e idosos vindos de qualquer parte do Brasil).

No coração desse trabalho está a Casa de Apoio, uma extensão da própria alma da AMO. Nela, o paciente e seu acompanhante têm um lar temporário, onde podem descansar, se alimentar, receber orientações e, principalmente, se sentirem amparados. Ao longo de quase três décadas de existência, a Associação já acolheu 419 pacientes com câncer de outros estados com grande expressão para o estado da Bahia e, depois, Alagoas.

Somente no ano passado, 16 casos novos de outros estados foram registrados aqui na AMO. Destes, 14 do estado da Bahia, 1 de Alagoas e 1 de Pernambuco. Já em 2023, foram registrados 19 casos, sendo 13 do estado da Bahia e 6 de Alagoas. Esses números indicam que, apenas nos dois últimos anos, 34 famílias de outros estados foram assistidas.

VOZES DA BAHIA

João Vieira dos Santos tem 82 anos. Aposentado e pai de oito filhos, ele reside na cidade de Coronel João Sá, no interior da Bahia. Este ano, foi diagnosticado com um câncer de bexiga, e agora segue em tratamento no Hospital de Cirurgia, realizando sessões de químio e rádio. “Percebi que estava com a urina escura e fui buscar uma orientação médica. Depois disso, o médico mandou fazer ressonância e encontraram um tumor na bexiga. Agora, estou em tratamento para evitar que a doença avance”, explicou.

Ele conta que na sua cidade também existe uma casa de apoio, mas que a estrutura e assistência não é como a da AMO, sendo esse o principal fator que o levou a se hospedar aqui através da indicação de uma das suas filhas. “Minha filha ficou sabendo da existência da AMO e me indicou a vir para cá. Eu estava para ir em uma Casa de Apoio da minha cidade, mas a assistência não era como a daqui. Aqui eu tenho tudo, não me falta nada, foi a melhor escolha que fiz”, disse, com muita alegria.

E complementou: “Só tenho a agradecer a AMO por todo apoio e suporte. O atendimento aqui é maravilhoso, todos me tratam muito bem, cuidam de mim com muito amor e carinho. Estar aqui é tão bom que o tempo voa, passa rápido. A alimentação também é ótima, tudo muito bom. Me sinto abençoado por estar aqui, por ter essa oportunidade. Obrigado a todos da AMO!”, afirmou com gratidão.

LUGAR DE ACOLHIMENTO

A agente comunitária de saúde, Elisclei Fontes Macedo, é mãe de duas crianças e tem 41 anos. Residente na cidade de Cícero Dantas, interior da Bahia, foi diagnosticada com câncer de mama pouco tempo após a sua segunda gestação. “Cinco meses após minha segunda gestação, não consegui mais amamentar e comecei a sentir alguns sintomas na mama como coceiras, ferimentos e secreções. Após consulta e exames médicos, recebi o diagnóstico de câncer de mama em 21 de outubro de 2023”, relembrou com tristeza.

Em razão da proximidade geográfica, o médico a encaminhou para Aracaju, descartando a opção de ir para Salvador. Foi por meio de uma amiga da sua cidade que ela conheceu a AMO. “Uma amiga de Cícero Dantas já havia me falado da AMO. O caminho até chegar aqui ficou muito mais fácil. Entrei em contato e logo vim…Quando recebi a notícia do câncer e estava certo onde iria fazer o tratamento, eu já sabia que poderia contar com a AMO”, afirmou.

Ela conta que o tratamento foi marcado por muita luta, necessitando passar por inúmeras sessões de químio e radioterapia. “Aqui, iniciei com o tratamento de quimioterapia. Foram seis longos meses com 16 sessões de químio (4 da vermelha e 12 da branca).  Um mês e meio depois, fiz a cirurgia e retirei parte da mama. Por último, passei por 15 sessões de radioterapia, e concluí o tratamento agora”, contou aliviada.

Longe de casa, Elisclei passou 15 dias longe dos filhos para focar no tratamento. Ela define a AMO como um lugar de humanidade e acolhimento, reforçando a sua importância para a assistência de incontáveis pessoas que enfrentam o câncer diariamente.

‘Eu passei 15 dias longe dos meus filhos, fora de casa. Eu precisava tanto desse cuidado, desse acolhimento. É tão lindo ver as equipes da Casa preocupadas com você, para onde foi, que hora chega, se vai ou não se alimentar, o que prefere comer. Deus preparou esta Casa e essas pessoas para cuidarem de tanta gente que precisa, que se encontra em sofrimento. E eu fui contemplada!”, disse, em tom de agradecimento, com muita felicidade.

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Mais de 600 pessoas vão perder a luta contra o câncer hoje no Brasil. Contribua com quanto puder, sua doação vai ajudar quem luta todos os dias pela vida. Doe de coração, doe agora clicando aqui!

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