A Associação dos Amigos da Oncologia – AMO – abraça mais uma edição da campanha “Outubro Rosa”, que tem como objetivo principal alertar e conscientizar a população acerca da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer do colo do útero. A campanha engloba ações como promoção de eventos (Abertura do Outubro Rosa, Estação Rosa e Corrida Outubro Rosa), de diversas palestras e divulgação de conteúdos informativos durante todo o mês.
De acordo com as mais recentes estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar até o final deste ano, 73.610 novos casos de câncer de mama, o que corresponde a um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, sendo o mais incidente no país e em todas as regiões brasileiras. Já para o câncer do colo do útero, 17.010 casos novos serão registrados, correspondendo a um risco estimado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.
Já para o estado de Sergipe, as estimativas para 2025 são de 570 novos casos de câncer de mama – 200 destes somente em Aracaju -, correspondendo a um risco estimado de 46,42 casos a cada 100 mil mulheres. Para o câncer do colo do útero, 220 casos novos de câncer do colo do útero serão registrados – 40 destes apenas na capital do estado -, o que corresponde a um risco estimado de 17,71 casos a cada 100 mil mulheres.
Um dos desafios para a detecção precoce é o reconhecimento dos sintomas. A atenção a sinais incomuns e a persistência deles são fundamentais para buscar ajuda profissional. Para o câncer de mama, os principais sinais e sintomas incluem o surgimento de nódulo (caroço) geralmente indolor na região mamária, pele da mama avermelhada ou com aparência de casca de laranja, alterações no mamilo e saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
No caso do câncer do colo do útero, a doença pode não apresentar sintomas em sua fase inicial. Nos estágios mais avançados, pode haver sangramento vaginal irregular (fora do período menstrual), dores abdominais associadas a queixas urinárias ou intestinais, sangramento após a relação sexual e perda de peso sem motivo aparente.
O diagnóstico em fases iniciais é uma ferramenta crucial para o sucesso do tratamento. Quando detectado precocemente, o câncer de mama apresenta bom prognóstico na maioria dos casos. O câncer do colo do útero é considerado passível de cura por meio do rastreamento e tratamento das lesões precursoras.
Para o câncer de mama, o diagnóstico precoce é realizado pela combinação do exame clínico e da mamografia, recomendada no Brasil para mulheres entre 50 e 69 anos. O tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia, cirurgia e terapia hormonal. Já para o câncer do colo do útero, a detecção é feita principalmente pelo exame citopatológico (Papanicolau), e as opções de tratamento variam conforme o estágio da doença.
A atuação de equipe multidisciplinar e de redes de apoio é muito importante para o combate do câncer de mama e do colo do útero. As instituições sociais com suas casas de apoio – como a AMO – representam redes de suporte e desempenham um papel fundamental na luta contra o câncer.