DIARISTA SERGIPANA SE CONECTARÁ COM O CONGRESSO NACIONAL PARA COMPARTILHAR A SUA LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA E O IMPACTO NEGATIVO DA PANDEMIA NO TRATAMENTO ONCOLÓGICO PELO SUS

08/10/2020

A convite do Congresso Nacional e da Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – FEMAMA, a Associação dos Amigos da Oncologia – AMO participará nesta sexta-feira, dia 9 de outubro, às 14h30, do painel de abertura do Ciclo de Debates para Parlamentares com o tema “A Realidade do Adiamento do Diagnóstico e Tratamento de Câncer no SUS em Função da Pandemia” por meio da transmissão ao vivo pela internet do depoimento da diarista sergipana Márcia Maria Fernandes da Cruz, de 46 anos, paciente oncológica usuária do SUS que se encontra atualmente no enfrentamento contra o câncer de mama.

A abertura do Ciclo Debates contará com a mediação da deputada federal gaúcha Liziane Bayer e com as participações da médica oncologista Maria Del Pillar da Rede D’Or, do auditor Rodrigo Schafhauser do Tribunal de Contas da União – TCU e do jornalista Gabriel Johnson, Relações Institucionais da FEMAMA. Até o final de outubro, uma vez por semana, debates serão promovidos no Congresso Nacional e abordarão temas como A Lei dos 60 Dias, O Papel do Poder Legislativo na Causa Oncológica, O Futuro da Medicina no Combate do Câncer de Mama, entre outros. O primeiro painel será transmitido ao vivo e poderá ser acompanhado pelo canal da TV Câmara no YouTube e pelo link https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/1639 .

JORNADA DA PACIENTE COM CÂNCER NO SUS
Diagnosticada em março de 2018 com carcinoma ductal infiltrante, em grau 3, do tipo triplo negativo, a diarista Márcia Maria iniciou seu tratamento de quimioterapia no Hospital de Urgência de Sergipe – HUSE, o maior hospital geral público do estado, mesmo antes de realizar exames complementares de imagem para o estadiamento do seu câncer de mama. Foi submetida ao primeiro ciclo com 4 sessões de quimioterapia e ao segundo ciclo com 12 sessões de quimioterapia entre maio e outrubro de 2018, fechando seis meses de tratamento.

Por razões não compreendidas, Márcia Maria teve que enfrentar mais oito sessões de quimioterapia, sendo as seis primeiras sessões de fevereiro a abril de 2019 e as duas últimas em novembro do mesmo ano, ficando sete meses à deriva no sistema fragmentado de saúde. Concluídas as sessões de quimioterapia, a paciente passou por uma triagem no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe para cirurgia oncológica e oncoplástica, bem como por uma avaliação anestésica no final de novembro de 2019 para a realização da mastectomia com pesquisa de linfonodo sentinela seguida de reconstrução mamária imediata.

FILA DE ESPERA AGRAVADA PELA PANDEMIA
A diarista Márcia Maria aguardou o contato do Hospital Universitário até fevereiro, como prometido, que não chegou por causa da grande fila de espera. Com o início da pandemia no novo coronavírus, as cirurgias eletivas realizadas no Hospital foram suspensas. E em meio a tudo isso, interrupção do tratamento e risco de infecção por coronavírus, a espera que era de dois meses ultrapassou um semestre e a tumoração mamária cresceu assustadoramente a ponto de ulcerar região próxima à axila direita.

A inviabilidade da cirurgia levou a diarista Márcia a ser submetida novamente a mais sessões de quimioterapia no HUSE a fim de melhorar a resposta clínica e reduzir ao máximo possível a tumoração. O contato do Hospital Universitário, tão esperado pela paciente, só chegou há quinze dias, em setembro, para programar nova data da cirurgia. No próximo dia 31 de outubro, a diarista concluirá a última sessão de quimioterapia. Já com satisfatória resposta clínica, poderá programar a mastectomia e garantir seu o acesso ao tratamento de saúde.

SOBRE A AMO
A Associação dos Amigos da Oncologia (Amo) é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, cuja missão é prestar assistência social e de saúde a pessoas carentes com câncer. Há mais de duas décadas, milhares de famílias – provenientes de todos os cantos de Sergipe e também da Bahia, de Alagoas e de Pernambuco – já foram acolhidas na luta contra o câncer.

A Associação contabiliza mais de 5.400 pessoas atendidas e beneficiadas e hoje, cerca de 3.400 pacientes estão recebendo algum tipo de assistência. Desse total, 2.374 são mulheres e, dessas mulheres, 1.171 estão no enfrentamento do câncer de mama e 391 mulheres lutam contra um câncer ginecológico (como o de ovário ou de colo de útero).

Focada nesse público majoritário, a instituição é pioneira em Sergipe no apoio ao movimento Outubro Rosa, de conscientização e diagnóstico precoce do câncer de mama e do câncer feminino, desenvolvendo ações e eventos para garantir o acesso ao tratamento digno, rápido e igualitário.

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