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A Associação dos Amigos da Oncologia – AMO apoia a campanha nacional “Maio Vermelho” e, com a proximidade do dia 31 de maio – Dia Nacional de Combate ao Câncer de Boca –, reforça o alerta à população sobre a importância da prevenção, da conscientização, da disseminação de informações de qualidade e do diagnóstico precoce do câncer de cavidade oral.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – o INCA, 530 mil casos novos de câncer de boca surgiram em todo o mundo no ano de 2020, sendo 373 mil em homens, o que corresponde a 70% do total de casos, sendo muito mais comum em homens do que em mulheres, acima dos 40 anos de idade.

Ainda segundo o Instituto Nacional, 15.100 casos novos são estimados para este ano em todo o Brasil, sendo 10.900 casos em homens e 4.200, em mulheres. Ao desconsiderar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cavidade oral é o quinto mais frequente nos homens na Região Nordeste do Brasil.

Em Sergipe, por exemplo, 200 casos novos são esperados para o mesmo ano. Somente em 2024, a AMO acolheu 725 casos novos. Desse total, 24 foram de câncer de cavidade oral, sendo 11 de língua, 4 de palato mole, 4 de boca, 1 de lábio, 2 de glândula parótida, 1 de glândula salivar e 1 de amígdala.

FATORES DE RISCO E SINTOMAS

Os principais fatores de risco incluem o uso do tabaco, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, a exposição solar sem proteção nos lábios, a má higiene bucal, o excesso de gordura corporal e a infecção pelo vírus HPV.

O câncer de boca pode afetar diversas regiões da cavidade oral, como os lábios, a língua, a gengiva, o céu da boca e até a garganta. Os principais sintomas são feridas na boca que não cicatrizam por mais de 15 dias, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, caroços no pescoço, rouquidão persistente, sangramentos e dificuldade para mastigar ou engolir.

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Por se tratar de uma doença que pode evoluir de forma silenciosa, o diagnóstico costuma ocorrer em estágios mais avançados, o que compromete as chances de tratamento eficaz. No entanto, quando detectado precocemente, o câncer de boca tem alto índice de cura, por issoa consulta regular com dentista é fundamental para prevenir e diagnosticar precocemente.

O diagnóstico do câncer de boca é feito, principalmente, por meio de um exame clínico realizado por um cirurgião-dentista capacitado. A análise detalhada de todas as áreas da cavidade oral permite a detecção precoce de possíveis lesões malignas, possibilitando a realização da biópsia para confirmação do diagnóstico.

Na maioria dos casos, o tratamento indicado para pacientes com câncer de boca é a cirurgia, conduzida por um cirurgião de cabeça e pescoço. Esse procedimento pode ser complementado, ou não, por terapias como a quimioterapia e a radioterapia, sob acompanhamento de um médico oncologista clínico ou de um radio-oncologista.

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