SENTIMENTOS E VIVÊNCIAS DO PACIENTE COM CÂNCER SÃO TEMA DE PALESTRA NA CASA DE APOIO EM LAGARTO

14/08/2025

A Associação dos Amigos da Oncologia – AMO – promoveu nesta quarta-feira, 13 de agosto, uma palestra na sua Casa de Apoio em Lagarto, localizada na região Centro-Sul do Estado. Com o tema “Ressignificar: sentimentos, emoções e vivências do paciente oncológico”, os assistidos tiveram a oportunidade de refletir acerca da experiência de cada um na jornada contra o câncer, entendendo que a doença não deve ser encarada como um momento de isolamento, martírio, culpa ou desesperança. 

De acordo com a terapeuta ocupacional e palestrante, Kátia Silva, de 54 anos, a tempestade do diagnóstico e do tratamento deve ser vista como uma oportunidade para dar um novo significado à vida, repensar a própria existência e a pessoa que foi, é e pode se tornar. “Não se trata de viver isolado com a sua dor, desesperança ou sofrimento. Não é o momento para se martirizar ou se culpar, mas usar esta situação de adversidade para ressignificar e dar um novo propósito à vida”, explicou.

A palestrante reforça ainda que o diagnóstico da doença não pode ser vista como o fim da vida, mas como uma fase de turbulência. “Eu costumo dizer que o paciente com câncer é uma pessoa que está  em um barquinho ou em um avião que está passando por um trecho tumultuado, turbulento. Isso não quer dizer que a notícia de uma patologia oncológica seja exatamente a sua finitude, o fim da sua existência. Este é um momento de muita fragilidade, por isso é imprescindível a existência de sentimentos verídicos e de pessoas que sintam de verdade, que estejam ali do lado para ajudar e fornecer apoio”, contou a terapeuta ocupacional.

RELATOS DE VIDA

Marcos Silveira, de 51 anos, reside no Povoado Olhos D’água, em Lagarto. Em tratamento contra um câncer no olho direito, ele conta que a palestra foi um divisor de águas na sua vida. “Antes de descobrir o câncer, eu era uma pessoa muito alegre e tinha muitas amizades. Após o diagnóstico, recuei e me tornei um ser humano muito fechado, que não conversa e não tem afinidade com ninguém. A palestra abriu um leque na minha vida, pois entendi que preciso mudar minha postura e procurar apoio psicológico para concluir o meu tratamento e ser mais feliz”, afirmou com muita gratidão.

Maria Angélica Santos tem 23 anos e acompanha a sua mãe, Girlene Santos, de 51 anos, na luta contra um câncer de esôfago. Moradora também do Povoado Olhos D’água, Maria atribui à fé e ao divino a força vital para continuar. “A gente precisa aprender a lidar com a doença, aceitar a realidade e pedir sempre sabedoria, paz e muita saúde a Deus, que é quem nos mantém de pé todos os dias. A palestra foi de suma importância e eu só tenho a agradecer pela oportunidade de estar aqui”, disse.

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