AMO ABRAÇA CAMPANHA ‘SETEMBRO VERDE’ E ALERTA POPULAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO INICIAL DO CÂNCER DE INTESTINO

16/09/2021

A Associação dos Amigos da Oncologia – AMO abraça a campanha nacional ‘Setembro Verde’ e alerta a sociedade sergipana e as populações de alto risco sobre a importância da prevenção e do diagnóstico inicial do câncer de intestino. Desde o início do mês, a campanha compreende ações educativas e a divulgação de conteúdos informativos sobre os principais sinais e sintomas da doença. Como todos os anos, o objetivo é fortalecer as políticas públicas de vigilância em saúde e apoiar a luta dos pacientes oncológicos e as ações de prevenção e de controle do câncer.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, a incidência global do câncer de intestino alcançou 1,8 milhão de casos novos na estimativa mundial mais recente, sendo o segundo tipo mais frequente, quando excetuado o câncer de pele do tipo não melanoma. No Brasil, as estimativas dão conta de cerca de 41 mil casos novos de câncer de intestino ou câncer colorretal para este ano de 2021. Em Sergipe, a estimativa é de 310 casos novos para o mesmo período. Atualmente, a Associação acolhe 321 pessoas em situação vulnerável com a mesma patologia.

SINAIS E SINTOMAS
Todos os anos, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia chama atenção da população em geral sobre os principais sinais e sintomas do câncer de intestino como a presença de sangue nas fezes; alteração dos hábitos intestinais; diarreia; constipação; dor ou desconforto abdominal; anemia; fraqueza; perda de peso sem causa aparente; alteração nas formas das fezes (mais finas e compridas); e massa e tumoração abdominal.

Os fatores relacionados para esse tipo de câncer são de idade igual ou superior a 50 anos; obesidade; inatividade física; tabagismo prolongado; alto consumo de carne vermelha e processada (como mortadela, linguiça, presunto e bacon); baixa ingestão de cálcio; consumo excessivo de álcool; alimentação pobre em frutas, fibras, legumes e verduras; histórico familiar de câncer de intestino; pólipos adenomatosos; algumas doenças inflamatórias do intestino, a exemplo da doença de Crohn; e, também, a diabetes tipo 2

PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO INICIAL
A prevenção consiste em realizar o exame periódico de sangue oculto nas fezes em pessoas assintomáticas com idade acima dos 45 anos e a realização de pelo menos uma colonoscopia após os 50 anos de idade em pessoas assintomáticas e sem histórico familiar de câncer colorretal. O câncer de intestino é passível de tratamento e, na maioria dos casos, é curável quando diagnosticado inicialmente. Em geral, os tratamentos convencionais estão concentrados em cirurgia, em quimioterapia e em radioterapia.

O exame de colonoscopia é a recomendação padrão para a prevenção e o diagnóstico inicial do câncer de intestino. Com esse exame é possível identificar lesões pré-malignas – os pólipos ou adenomas – que se tratam de pequenas verrugas benignas presentes na parte interna do intestino grosso. A colonoscopia é um exame feito por um médico endoscopista, com preparo intestinal e uso de sedação. Além da identificação dos pólipos, a colonoscopia possibilita a ressecção dessas lesões pré-malignas e a biópsia de tumoração intestinal.

SEGUNDO CÉREBRO
Considerado um segundo cérebro por abranger cerca de 70% das células nervosas ou meio bilhão de neurônios, o intestino é um órgão extremamente extenso e muito importante do organismo humano. Tem formato de tubo, integra o sistema digestório e possui extensão que vai do final do estômago até o ânus. É constituído por intestino delgado, com 6 metros de comprimento, e intestino grosso, com 1,5 metro. E está responsável pela absorção de água e nutrientes e pela eliminação de resíduos, de toxinas e de fezes.

Segundo a American Cancer Society (a Sociedade Americana de Combate ao Câncer), o câncer de intestino envolve os tumores malignos que se iniciam e se desenvolvem nas partes superiores do intestino grosso (chamadas de cólon) e no reto. Por isso, os cânceres de intestino também são conhecidos como cânceres colorretais. A maior parte dos cânceres intestinais surge no cólon e representa cerca de 75% dos casos e a menor se inicia no reto e representa os 25% restantes dos casos totais.

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