MARÇO AZUL MARINHO: CAMPANHA NACIONAL ALERTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E DO DIAGNÓSTICO INICIAL DO CÂNCER DE INTESTINO

24/03/2023

Com o objetivo de fortalecer as políticas públicas de vigilância em saúde e de apoiar a luta dos pacientes oncológicos e as ações de prevenção e de controle do câncer, a Associação dos Amigos da Oncologia – AMO abraça a campanha nacional do “Março Azul Marinho” para alertar a sociedade sergipana e as populações de alto risco sobre a importância da prevenção e do diagnóstico inicial do câncer de intestino.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, a incidência global do câncer de intestino alcançou 1,9 milhão de casos novos na estimativa mundial mais recente, sendo o segundo tipo de câncer mais frequente, quando excetuado o câncer de pele do tipo não melanoma. No Brasil, as estimativas dão conta de 45.630 casos novos câncer de intestino ou câncer colorretal para este ano de 2023. Em Sergipe, a estimativa é 420 casos novos para o mesmo período. Atualmente, a Associação acolhe 401 pessoas em situação vulnerável com a mesma patologia.

PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO INICIAL
A prevenção consiste em realizar o exame periódico de sangue oculto nas fezes em pessoas assintomáticas com idade acima dos 45 anos e a realização de pelo menos uma colonoscopia após os 50 anos de idade em pessoas assintomáticas e sem histórico familiar de câncer colorretal. O câncer de intestino é passível de tratamento e, na maioria das vezes, é curável quando diagnosticado precocemente. Em geral, os tratamentos convencionais estão concentrados em cirurgia, em quimioterapia e em radioterapia.

O exame de colonoscopia é a recomendação padrão para a prevenção e o diagnóstico inicial do câncer de intestino. Com esse exame é possível identificar lesões pré-malignas – os pólipos ou adenomas – que se tratam de pequenas verrugas benignas presentes na parte interna do intestino grosso. A colonoscopia é um exame feito por um médico endoscopista, com preparo intestinal e uso de sedação. Além da identificação dos pólipos, a colonoscopia possibilita a ressecção dessas lesões pré-malignas e a biópsia de tumoração intestinal.

SINAIS E SINTOMAS
A Sociedade Brasileira de Coloproctologia chama atenção todos os anos da população em geral sobre os principais sinais e sintomas do câncer de intestino como a presença de sangue nas fezes; alteração dos hábitos intestinais; diarreia; constipação; dor ou desconforto abdominal; anemia; fraqueza; perda de peso sem causa aparente; alteração nas formas das fezes (mais finas e compridas); e massa e tumoração abdominal.

Os fatores relacionados para esse tipo de câncer são idade igual ou superior a 50 anos, obesidade; inatividade física; tabagismo prolongado; alto consumo de carne vermelha e processada (como mortadela, linguiça, presunto e bacon); baixa ingestão de cálcio; consumo excessivo de álcool; alimentação pobre em frutas, fibras, legumes e verduras; histórico familiar de câncer de intestino; pólipos adenomatosos; algumas doenças inflamatórias do intestino, a exemplo da doença de Crohn; e, também, a diabetes tipo 2.

SEGUNDO CÉREBRO
Considerado um segundo cérebro por abranger 70% das células nervosas ou meio bilhão de neurônios, o intestino é um órgão extremamente extenso e muito importante do organismo humano. Tem formato de tubo, íntegra o sistema digestório e possui extensão que vai do final do estômago até o ânus. É constituído por intestino delgado, com 6 metros de comprimento, e intestino grosso, com 1.5 metro. E está responsável pela absorção de água e nutrientes e pela eliminação de resíduos, de toxinas e de fezes.

Segundo a American Cancer Society (a Sociedade Americana de Combate ao Câncer), o câncer de intestino envolve os tumores malignos que se iniciam e se desenvolvem nas partes superiores do intestino grosso (chamadas de cólon) e no reto. Por isso, os cânceres de intestino também são conhecidos como cânceres colorretais. A maior parte dos cânceres intestinais surge no cólon e representa cerca de 75% dos casos e a menor se inicia no reto e representa os 25% restantes dos casos totais.

(ASCOM/ AMO)

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